segunda-feira, maio 16, 2011

Gre-nal 387: Não tá morto quem peleia



A festa estava pronta. O palco montado, a decoração armada e os convidados todos lá. Quarenta mil gremistas entraram no Olímpico ensaiando cânticos de vitória. E saíram atônitos, de cabeça baixa. No meio que separa o antes e o depois da festa que virou não festa para os gremistas havia uma fábula. A única que faz realmente sentido aqui por essas terras. O Gre-Nal.

Que começou com um mosqueteiro esperto e seguro ostentando com força sua espada. Mas que começou a mudar nos pés de um saci. Foi dos pés de um Andrezinho mancando que saiu o gol da virada colorada, já nos acréscimos da etapa inicial. O gol que mostrou que nessa festa gaúcha a música só começa quando o jogo acaba. Todo ele.

A derrota colorada não começara nos pés de Lúcio, nem no jogo de ida. Começara no primeiro turno do Gauchão, vencido pelo Grêmio. E a vitória começou na conquista desse segundo turno pelo Inter, já com novo técnico. Treinador esse que começou errando o jogo e, humildemente, corrigiu seu erro aos 30 minutos de jogo, e aí assim selou a vitória do Inter.

Alguém aqui acha que o jogo não foi emocionante? Alguém duvida que não faltou garra e empenho dos jogadores? Quem ousa dizer que o Inter não se entregou e não foi raçudo? E tudo isso aconteceu com dois times "faceiros", sem uma infinidade de volantes e sem equipes travando o jogo. O melhor Gre-Nal dois últimos tempos teve dois times buscando incessantemente o gol, todo o tempo, durante os 180 minutos. Teve vencedor e derrotado alternando-se até a última rodada de pênaltis. O Gre-Nal teve a cara dos seus treinadores, dois ídolos gaúchos. Depois de ser desprezado, foi efusivamente comemorado pelo colorados. E teria sido pelos gremistas.

O Inter venceu na garra, na abnegação de seus jogadores, na humildade e na estrela de seu treinador e na fé inabalável de seus torcedores. Não venceu nos gritos histéricos de dirigentes e nem nas brigas de comadres veiculadas na imprensa. O Inter venceu em campo. Por que é assim que se vence um jogo. É assim que se ganha um Gre-Nal. É assim que se sagra um verdadeiro campeão.

Meus agradecimentos aos deliciosos momentos que o Gre-Nal de número 387, a 40ª conquista colorada em Gauchões me proporcionou hoje.

Agora o nosso Rio Grande está vermelho, como disse um emocionado Falcão ao final do jogo. Mas a regra aqui nessa terra é clara "não tá morto, quem peleia". Depois do jogo de hoje, alguém tem alguma dúvida quanto a veracidade deste dito gaudério?

Foto: Alexandre Lops - site Inter

sexta-feira, abril 15, 2011

Brasil F.C, um time desfalcado





Poucas coisas me irritam tanto quanto à passividade, o tal do sentimento do famoso “não é comigo”. Mas às vezes, ninguém tem nada com essa minha irritação, porque cabe em situações que eu acho, apenas eu, acho que determinada pessoa é parte do problema. No entanto, no assunto que me desperta a “irritação” neste momento, trata-se não apenas de um achismo meu, mas em outras palavras, tenho razões verdadeiras de tal irritação.


Me refiro ao tradicional papo de que esses políticos são tudo uns ladrões e vagabundos que nada fazem pela sociedade. Sabe? O cidadão anda na rua e pega um congestionamento e começa a latir essa frase. Sim latir, porque eu não sei quanto a vocês mas eu não consigo argumentar com um cachorro enquanto ele late. Ele não vai parar de latir. Tem gente que é assim. Perguntinha básica: porque o problema do congestionamento é problema dos políticos? E só deles?

Quem são esses políticos que alguns dizem “vamos incendiar o Congresso e todos os problemas estarão resolvidos”? Como esses políticos foram parar lá?

Serão os políticos seres alienígenas que desceram em Brasília ou nas prefeituras vindos de uma nave extraterrestre? Eu tinha a impressão que eles iam parar lá depois de uma tal de eleição, que esses cidadãos que latem contra a classe política participam, ou não? E essas pessoas que concorrem a algum cargo inclusive pertencem a mesma sociedade do cara que quer queimar o Congresso “porque ninguém presta”, não é?

Assistindo Amor e Revolução, novela do SBT que aborda os anos de ditadura militar no Brasil, fiquei pensando: Tem gente que parece ter saudade da ditadura porque naquela época, como não decidia seus governantes, podia colocar toda a culpa dos problemas na classe política. Hoje não é capaz de admitir que os políticos não são seres alienígenas distantes, mas pessoas da própria sociedade e que lá estão com NOSSO voto. Não sejamos hipócritas, por favor!

É a mesma coisa que aquela colega de trabalho que passa reclamando do trabalho mal feito ou não produzido ignorando o fato de que ele faz parte da equipe. Ou daquele perna de pau no time que passa reclamando que não faz gol porque ninguém passa pra ele "ignorando" o fato que ele é um dos 11 em campo.

Gosto de falar de futebol, pois todo mundo entende que os jogadores entram em campo porque o treinador os escalou. Treinador esse contratado pela direção. Nós escalamos nossos políticos, gente. Nós somos o presidente desse clube chamado Brasil. Vamos fazer que nem muito presidente e treinador que foge dessa responsabilidade? Enquanto isso acontece, geralmente, o time não ganha título nenhum...

terça-feira, dezembro 28, 2010

Bola fora da Fifa: Mundial e Copa no mundo muçulmano



"Mas o campeonato de futebol comia, por aqui, solto, exarcebando paixão quase de inimigos", assim se referiu o eterno Mário Rodrigues Filho ao campeonato carioca de 1945. Mas poderia estar se referindo ao Gauchão ou ao Mundial de Clubes. A frase se encaixa perfeitamente em qualquer campeonato de futebol. A frase é compreendia por qualquer conhecedor distante ou amante pleno do futebol. A frase, e aqui ouso dizer, define um pouco desse esporte. "Exarcebando paixões", eis uma boa definição de futebol.


O esporte das 22 pessoas em campo a correr atrás de uma bola que mira na direção da rede é nada mais do que uma exarcebação plena de paixão. Paixão que estoura a garganta no grito gol, que leva ao delírio pleno no lance decisivo, que enlouquece o mais sano dos viventes na conquista de um título. Isso, meus amigos é o futebol. E não li num livro ou assisti um documentário para saber disso. Cresci sentindo isso. O futebol é mais do que regras e camisas. Mais do que estádios, bolas e jogadores. É a bandeira solitária de um menino tremulando, é o choro de um jovem da derrota inesperada. Aliás, pleonasmo vicioso falar em derrota inesperada. Todo torcedor, no fundo, sempre espera a vitória.

Hoje, o tal futebol gera milhões. E cá entre nós, isso começou quando alguém entendeu que não era o chute na bola, mas a paixão que movia esse esporte. Um cara compreendeu isso e começou a ganhar dinheiro. O resultado está aí hoje. Para um negócio gerar lucro no futebol a que se compreender o futebol. E isso serve a qualquer tentativa de lucro. Sendo assim, como um lugar que nada entende de futebol sediar com maestria um evento de futebol? Não estou aqui dizendo que o "simples" fato do brasileiro ser apaixonado pelo esporte garantirá o sucesso da realização da Copa do Mundo aqui. Sabemos da importância das questões de infra-estruturas indispensáveis.

Mas levanto uma questão: pode um país que oferece toda infra-estrutura ao turista, um transporte digno sediar com maestria uma Copa do Mundo?
Tenho minhas dúvidas. Recentemente o Catar foi escolhido para abrigar a Copa do Mundo de 2022. Outro país muçulmano, os Emirados Árabes Unidos, sediou o Mundial de Clubes da Fifa. Estive lá e trabalhei na cobertura. Taxistas locais não sabiam onde ficavam os estádios dos jogos. Estamos falando de uma semifinal de Mundial de Clubes. Um taxista me levou a um estádio de críquete e me jurou que aquele era o estádio municipal. Um menino com a camiseta da Internazionale treinava rugbi na frente do estádio da final e não sabia que o time estava na cidade para disputar o título de Campeão do Mundo. A Inter ganhou e tenho minhas dúvidas se o menino soube. Dez mil colorados tomaram as ruas de Dubai e Abu Dhabi e oa árabes ainda tem dúvidas de quem são os "reds".

O consumo de bebida alcoolica é proibido nos estádios no Brasil, mas a Fifa já anunciou que durante a Copa tá tudo liberado. Afinal, bebida e futebol combinam. Os torcedores, sejam eles colorados, argentinos ou europeus, amargaram dois jogos, derrotas e vitórias sem ingerir um gole de alcool no Mundial em Abu Dhabi. O consumo de bebida na rua é proibido. Mas no Brasil, a Fifa vai liberar. O presidente da Fifa, aliás, tava lá. Foi vaiado e os árabes indagaram aos colorados do porquê dessa vaia. Por esses dias ele deu um alerta aos gays, amantes do futebol, e que cogitam acompanhar a Copa do Mundo no Catar: "Eu diria que eles devem se abster de qualquer atividade sexual". Não estou aqui dizendo que futebol combina com sexo, embora eu ache uma boa ideia, mas gays não podem gostar de futebol porque o país não gosta de gays?

Respeito os costumes muçulmanos e o fiz em minhas duas passagens pelos Emirados Árabes Unidos. Ambas movidas a futebol. Os árabes me receberam bem e gostaram do meu dinheiro e de todos que gostam de futebol. Mas o futebol é o grito latino, mesmo que choque o tom baixo da voz das mulheres árabes. A bebida, os cantos e a comemoração sem hora para acabar também. A cultura do futebol inclui todo esse pacote. E sinto muito, mas o mundo muçulmano deveria respeitar também essa religião. Ou a Copa do Mundo de futebol vai ser um desastre. Mesmo com estádios em forma de concha...

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Notícias do front: que país é esse



Peço desculpas por não postar antes, mas é que a internet aqui é bem complicada.Há duas coisas difíceis a internet e o futebol. Em alguns hoteis como o Burj Dubai ( 7 estrelas) a conexão é tranquila, mas aqui eu só consigo no hall de entrada.

Percebi que há menos construções do que há dois anos, efeito da crise. Mas a cidade parece discretamente mais aberta. Vi beijos na noite e casais árabes de mãos dadas. Em certo lugares, como mulher tenho dificuldades no atendimento, mas na maioria não, pois 80% da população aqui é estrangeira.

O luxo e moderno encontra-se em cada esquina de Dubai. Parece haver uma competição silenciosa entre os prédios novos, qual é mais bonito, mais moderno ou mais diferente. Na quadra seguinte, construções típicas. Estrangeiros e locais moram em lugares separados. O estrangeiro não pode se naturalizar, mas tem o visto renovado se comprovado que trabalha. Qualquer estrangeiro pode viver nos Emirados até completas 60 anos. Quanto aos nativos, o governo garante até moradia ( achei um pouco diferente de nossas Cohabs) e premia quem casa com cidadãos dos Emirados.

Abu Dhabi é a capital e cidade mais importante, Dubai vem na sequência. Ao todo 8,2 milhões de pessoas vivem nos sete Emirados, sendo 2,4 milhões em Abu- Dhabi e 1,6 em Dubai. A unificação dos sete ocorreu no dia 2/12/1971 por iniciativa e mérito do Sheiki Zayed - o Lula dele digamos, tamanha a popularidade e transformações de seu governo. Os sheikis são escolhidos entre a família e não necessariamente é o primogênito. O presidente dos Emirados e de Abu- Dhabi é o Sheikh Khalifa bin Zayed Al Nahyan é e em Dubai Mohammed bin Rashid al-Maktoum.

Foto: Abu Dhabi - Mesquita Sheikh Zayed

segunda-feira, dezembro 06, 2010

Emirados: Dicas aos colorados no Mundial


Eis que o bom filho a casa torna. Como anuncia a sabedoria popular, cá esotu de volta ao meu primogênito querido. Três meses depois retomo o blog e volto com tudo. Estou também no twitter, orkut e facebook.

Em alguns dias embarco para os Emirados Árabes Unidos. Acompanharei o Mundial e retorno a Dubai. Usarei este espaço para falar sobre o local e obviamente sobre o Internacional.

Cerca de cinco mil colorados são esperados nas arábias, um país que, embora voltado ao turismo em algumas cidades, tem uma cultura muito diferente da nossa. O Internacional já preparou uma cartilha sobre o local. Esta humilde bloqueira dará também algumas dicas sobre o local.

O país

Os Emirados Árabes Unidos é uma federação composta por sete emirados, entre eles Dubai e a capital Abu-Dhabi. O país é governador pelo sheiki Mohammed bin Rashid al-Maktoum e a religião predominante é muçulmana. Estima-se que em Dubai, três quartos da população seja estrangeira, mesmo assim os valores muçulmanos são visíveis por toda a parte.

Religião
Turistas podem visitar algumas mesquistas, desde que trajados devidamente. Mulheres devem, portar véu. Você escutará alto-falantes pela cidade durante os horários da reza ( em torno de 5h30, 12h30 e 18h). Respeite e evite fazer barulho nesses horários. Há espaços para rezar nos lugares mais diversificados, como dentro de shopping center.

O que vestir
Tecnicamente o turista pode vestir qualquer roupa, mas o bom senso recomenda respeito aos valores locais. Evite regatas e quanto às mulheres, decotes ou saias curtas. Se for sair à noite, é recomendável um chalé ou casaco até entrar no local.

O que é proibido
Não é permitido o consumo de bebidas alcóolicas e demonstrações de afetyo em público. Mesmo que você seja casado há 30 anos evite andar de mão ou beijar seu companheiro (a). Você verá muitos homens de mãos dadas, o que significa que são amigos andando na rua. Sim, apenas amigos. Para quem deseja beber, o faça dentro do seu quarto no hotel ou em pubs e danceterias.

A noite em Dubai
A noite é parecida com muitos lugares do mundo, exceto pelo fato que casais não se beijam. As danceterias, que são geralmente nos hotéis fecham às 2 horas, ou no máximo 3 horas da madrugada. Um dica é o Dubai Marina, que tem várias opções.

O transporte
Atualmente Dubai possui metrô, mas o transporte via táxi é bastante econômico e dependendo vale a pena.

Dicas de passeio
Uma boa pedida são os shoppings centers. O Mail Emirates tem uma pista de esqui dentro e o BurJuman reúne lojas das marcas mais famosas, como Armani, Dolce & Gabbana, Hugo Boss. E os preços são outro atrativo! Não há cobrança de impostos sobre qualquer valor, o que diminui consideravelmente os preços dos produtos. Também é comum o Sheiki ordenar liquidações, o que torna os shoppings mais atrativos. Outra dica é o hotel, em forma de barco. Compre uma janta lá e passeie à vontade pelo hotel. Além disso não esqueça de o Burj Ar Arabian, o prédio mais alto do mundo. Há passeios temáticos que também valem a pena, como o passeio de barco à noite e a ida ao deserto. Quanto a este último, que inclui passeios de jipes nas dunas e uma janta em tendas, com apresentação de dança e narguilé entre outros. A recomendação é evitar comidas pesas, pois você pode sentir náuseas durante o passeio nos jipes (digamos que deixei um pedacinho de mim no deserto de Dubai).

Temperatura e fuso horário
Como estamos no horário de verão a diferença é de seis horas a mais do que o horário de Brasília. Quanto a temperatura é variável. Durante o dia beira os 30 ºC e à noite aproxima-se dos 13ºC.

PS: a foto acima é uma palhinha do que espera os colorados

sexta-feira, agosto 20, 2010

A libertação da América, parte 2


Quando eu era criança e meus tios vinham arquitetar artes comigo minha vó dizia “não ensina bandalheira pras crianças”. É que criança aprende rápido. Que foi que ensinou o Internacional a ganhar títulos? Quem fez dessa criança o time ais vencedor internacional do país de futebol que tem 500 anos? Eu não sei quem foi, mas como qualquer criança esse saci aprendeu direitinho.

Em 2004 escrevi, no livro que fiz em função de u trabalho da faculdade, que o Inter seria campeão do mundo em dez anos, e duas vezes até. Se a primeira afirmação ser campeão mundial soava como piada pronta para gremistas a segunda era uma verdadeira blasfêmia pra qualquer pessoas que acompanhava futebol. Falei mesmo em tom de brincadeira. Hoje alguém duvida que até 2014 o Inter já terá conquistado o mundo duas vezes?

O colorado é bi campeão da América novamente! Exatos quatro anos após a primeira conquista. E não era nem de um longe u dos favoristos no inicio da competição. Mas olhando com frieza fez tudo certo e chegou lá. Montou uma equipe qualificada, investiu na estrutura do clube, faturou com a marca do clube e com o plano de sócios. Foi se tornando forte fora de campo que o Inter se transformou em grande dentro das quatro linhas. Mas não sejamos frios. Não agora. Esse é o momento de celebrar o novo campeão da América. Que pensando bem já não é tão mais novo nem tão desconhecido.

Nesses dias celebremos a molecagem de Taison, os dribles desconcertantes de Tinga, a experiência e segurança do jovem Sandro, o talento de Sóbis e D’Alessandro, a garra de Guiñazu, o esforço de Nei, a precisão de Kléber e Andrezinho, a bola de Indio, as mãos de Renan e Pato, a estrela de Giuliano. Celebremos também a justiça feita a Celso Roth, que mesmo sendo bom nunca chegava lá. Prova de que ele é bom, é que largou um clube no qual estava bem para apostar num time contestado e fazê-lo campeão.

Parabéns torcida colorada! Parabéns Inter! A América hoje se rende aos seu pés. E em breve o mundo...ainda mais agora que o colorado já aprendeu o caminho....









segunda-feira, agosto 16, 2010

A paixão e redenção de uma final de Libertadores

Não sei se invejo ou sinto pena de quem não gosta de futebol. Quem não se arrepia com uma decisão. Quem não se emociona com um grito de gol. Quem não se cala diante do cântico gregoriano de uma torcida....não sei o que sinto sobre quem nada sente sobre isso tudo.

Acho que sou feliz de sentir tudo isso. Ver, contar e escrever sobre renda e público, sobre cartões amarelos e suspensões. Racionalizar esquemas táticos e regras de arbitragem. São motivos fúteis para fazer o cidadão respirar futebol. Soa como piada alguém trabalhar com isso e dizer que gosta. Vou contar um segredo pra vocês: eu trabalharia minha vida toda fazendo as coisas chatas de uma cobertura de futebol só para viver momentos como uma decisão de Libertadores. Só pra poder por um instante ver meu tempo parar enquanto olho um pai e filho andando no mesmo passo e com o mesmo brilho nos olhos. Ou então só pra me deliciar na crença de que um mundo onde todos são iguais é possível ao ver um desembargador chorar abraçado com um ex apenado pela conquista de um título de seu time. Não são aqueles cartolas arrogantes nem aqueles pseudo jogadores que se acham craques da bolas que fazem esse esporte valer a pena. Que torna o mais cético intelectual refém confesso do esporte das massas. Isso é o futebol, amigos!

É o que pouco se noticia. É a manchete que você só vê em dias como esses. Dias que antecedem um grande jogo de futebol. Mais um dia normal de trabalho para jornalistas e jogadores de repente vira o último dia de nossas vidas...

E pensar que ano que vem ou daqui há trinta anos, embora não saiba o será dessa blogueira, sei que poderei sentir e reescrever essas mesmas palavras. Cazuza dizia que o tempo não para, eu digo que o futebol, graças aos deuses, não para. A emoção não cessa. O choro não corrompe. A lágrima não entrega. A raiva não deprime. O futebol não para!

*Fotos: Jefferson Bernardes/VIPCOMM (site Inter)

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